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Modelo de Procedimento Operacional Padrão (SOP)

1. Autoridade e Definições

Este SOP estabelece os procedimentos para todas as operações BVLOS conduzidas com integração a um Provedor de Serviços UTM (USS).

  • 1.1. Operador (Piloto Remoto): O operador é a autoridade final pela condução segura do voo. Esta autoridade é exercida em coordenação direta com os serviços e informações providos pelo USS.
  • 1.2. Provedor de Serviços UTM (USS): Entidade responsável pela prestação de serviços de gerenciamento de tráfego, incluindo planejamento, autorização, monitoramento de conformidade e fornecimento de dados do espaço aéreo.
  • 1.3. GCS (Estação de Controle de Solo): Interface primária do operador para o controle do Drone e para a comunicação de dados com o USS.

2. Filosofia de Operação e Automação

  • 2.1. Nível de Automação: A operação BVLOS será conduzida primariamente através de planos de voo automatizados (waypoints), com o operador monitorando a telemetria e o ambiente operacional.
  • 2.2. Interface com USS: A GCS deve manter comunicação constante com o USS para transmissão de telemetria (posição, altitude, status) e recebimento de informações de tráfego e do espaço aéreo.
  • 2.3. "Cabine Estéril" (Sterile Cockpit): Durante todas as fases críticas do voo (lançamento, recuperação e qualquer manobra tática), o operador deve se abster de atividades não essenciais.

3. Planejamento de Voo e Espaço Aéreo

  • 3.1. Análise do Espaço Aéreo:
    • Antes de submeter um plano de voo, o operador deve consultar a interface do USS para identificar todas as restrições de espaço aéreo estáticas (ex: áreas proibidas) e dinâmicas (ex: NOTAMs, outras operações autorizadas).
  • 3.2. Submissão do Plano de Voo (4D):
    • O operador deve submeter um volume 4D (latitude, longitude, altitude e janela de tempo) ao USS para análise.
  • 3.3. Autorização do USS (Desconflito Estratégico):
    • A operação só pode ser iniciada após o USS validar o plano de voo, realizar o desconflito estratégico contra todas as outras operações conhecidas e emitir uma autorização digital.
  • 3.4. Briefing de Operação:
    • O briefing pré-voo deve incluir:
      • Condições meteorológicas.
      • Status do Drone e baterias.
      • Revisão da autorização 4D emitida pelo USS.
      • Procedimentos de contingência (Seção 6).

4. Procedimentos Pré-Operação (Checklists)

  • 4.1. Inspeção do Drone (RPA):
    • Verificar estrutura, motores, hélices e links de C2 (Comando e Controle).
  • 4.2. Inspeção do Controle (GCS):
    • Verificar carga da GCS, software e links de C2.
  • 4.3. Conexão com USS:
    • Estabelecer conexão de dados entre a GCS e o USS.
    • Verificar na interface do USS se o status do voo planejado está "Aprovado" e "Pronto para Ativação".
    • A decolagem é proibida sem a confirmação de conexão e autorização do USS.

5. Execução da Operação (Controle e Monitoramento)

  • 5.1. Ativação do Voo:
    • No momento do lançamento, o operador deve "Ativar" o voo na interface do USS. O USS inicia o monitoramento de conformidade.
  • 5.2. Monitoramento pelo Operador:
    • O operador deve monitorar continuamente:
      • Telemetria do Drone (posição, altitude, bateria).
      • O "feed" de dados do USS, buscando alertas de tráfego ou do espaço aéreo.
  • 5.3. Monitoramento de Conformidade (pelo USS):
    • O sistema do USS monitora se a telemetria do Drone permanece dentro do volume 4D autorizado.
  • 5.4. Alertas de Tráfego e Desconflito Tático:
    • Ao receber um alerta de tráfego (outra aeronave) do USS, o operador deve avaliar a ameaça e estar preparado para executar manobras de contingência.
  • 5.5. Pouso e Finalização:
    • Após o pouso, o operador deve "Finalizar" o voo na interface do USS.
    • Isso libera o volume do espaço aéreo utilizado, permitindo que o USS o aloque para outras operações.

6. Procedimentos de Contingência e Emergência